Ou seja, as palavras que nunca usamos por não saber o que signficam, postas no seu "devido" contexto.
UMA PALAVRA POR DIA.
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"Desfazer em pequenos fio; esgarçar; rasgar, separando os fios de um tecido; separar os ramos da árvore sem os cortar"
Peço desculpa. Bem sei que isto esta semana não está famoso, porque o habitual texto que acompanha a definição das palavras apresentadas - ou seja, este texto - tem dado sempre meio "ao lado". Hoje não é excepção. A palavra é gira, soa "engraçadamente" bem e, na sua definição, até há uma outra que merecia "tempo de antena" aqui no burgo e um post só para ela. No entanto, esta temática de fios, linhas, tecidos e farrapos faz-me lembrar ainda uma terceira palavra gira. Esfarripar (rasgar um tecido em farrapos). Popularucha, diria eu, é a dita palavrinha. E mais próxima de mim, para dizer a verdade, porque na minha família sempre houve quem fizesse (ou soubesse fazer) mantas de retalhos, cujo ponto de partida é precisamente esfiampar e esgarçar, mas que sempre me foi descrito como... esfarripar. Agora, pronto... há uma certa nostalgia em mim.
Mais uma palavra fraquinha. Difícil de trabalhar. Complicada de usar assim do pé prá mão. Especialmente, quando a única coisa que me ocorre acerca dela nem sequer é em Português. Mas deve ter alguma coisa a ver com a definição lusitana... só que em Germânico. LUFTHANSA. De certezinha que os alemães queriam dizer que a Lufthansa era a "associação" (hansa) do "ar" (luft). Os alemães não podiam ser mais diferentes de nós [e digo isto à vontade porque nasci na Alemanha e sei do que falo]. São fleumáticos, frios e metódicos. Nós somos o oposto. Mas alguma coisa teriam de comungar connosco. Pelo menos, isto. Pelo menos, "Hansa", a palavra.
"Figura de estilo que consiste na transposição ou inversão da ordem natural das palavras ou das orações"
QUÊ?!?!... A Excelências Vossas desculpa pedimos por crasso erro este por nós cometido ao esta palavra escolher para vos apresentar. Seguinte palavra, por favor!!!!...
Ao jeito de outros tempos, em que as raparigas eram moças e os rapazes moços, rejuvenescer também era conhecido como remoçar. Um destes dias, as empresas de coméstica ainda adoptam a terminologia cremes de remoçar. Ou não estivessem elas a piscar o olho às moças e moços de outros tempos.
Apalavrado por Maria ::
6:48 da tarde ::
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E como o mundo (vá... sejamos modestos... E como Portugal) está cheio deles!... Desses inadimplentes que tudo fazem para pagar tarde (ou nem sequer pagar), furtar-se às obrigações fiscais, negligenciar os pagamentos à Segurança Social e por aí em diante. Sorte a de quem não tenha já "convivido" com um patrão assim, ou que isso não lhe venha a acontecer no futuro. Aos restantes, resta fazer contas à vida e tentar perceber "à distância" quem é um bom empregador e quem é um inadimplente. Com a experiência que a vida já me deu, eu protejo-me num "mix de sentidos". Por exemplo, ao ouvir certo tipo de conversas, já percebo que algo ali cheira mal... e pronto. Evito o resto. É que... inadimplentes... não mais, obrigado.
No tempo das tecnologias, em que tudo se faz em computadores, visualizado em monitores e escrito em teclados com o apoio de ratos, faz-se e apaga-se vezes sem conta. Quantas vezes utilizamos a tecla delete por dia, enfim, uma incógnita. Longe vão os tempos em que, nos bancos da escola primária, se via a borracha a desaparecer no correr dos dias, os restos da borracha espalhados pela secretária e pelo chão, como se fossem serradura. As contas, os ditados, as borrachas transformadas em carimbos a marcar folhas e deixando os dedos imundos. Os sorrisos infantis ao olhar para as mãos, os ralhetes das mães. Brancas, vermelhas e azuis ou de cheiro. Todas elas levavam a cabo o acto de expungir. Recordações destas a tecla delete não apaga.
Apalavrado por Maria ::
10:18 da manhã ::
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Da próxima vez que se cruzar com os Gatos Fedorentos, chames-lhe chascos que eles não se importam. Fique descansado, não está a acusá-los de cheirarem mal. Aqueles fedorentos!...
Apalavrado por Maria ::
11:32 da manhã ::
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Quem vai à bola não é propriamente menino de coro. Quem vai à bola e bebe umas cervejolas antes, então, não é mesmo nada menino de coro. E quando os marmanjos do Porto não vão à bola com os do Benfica, quando as respectivas equipas até estão no relvado a jogar à bola durante 90 minutos, então, temos uma turbamulta. Ou wrestling à portuguesa, como preferirem.
Apalavrado por Maria ::
9:00 da manhã ::
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"Pálido; que vai perdendo a cor; desvanecido; esmorecido"
Eu, quando acordo mal disposto por ter dormido mal; ou... eu, quando como pouco e trabalho muito; ou... eu, quando estou adoentado, febril, aziado, de ressaca... Já deu para perceber a ideia ou não?!? Óptimo... porque eu hoje estou meio esmaecido! Vou para dentro... Obrigado.
"Sovar; bater; zumbar (zumbir, fazer ruído); dar marradas"
Violência quase gratuíta, pela primeira vez, aqui no Palavra do Dia! Quase gratuíta, atenção. Não fosse este pequeno texto explicativo e, sim, haveria pura gratuitidade no uso desta palavra, digamos, intensa. Acredite o leitor que compreendemos caso se sinta de alguma forma perturbado com a palavra de hoje. Se sim for, entendemos que desate a zupar, violenta e desenfreadamente, em frente ao ecrã do computador onde visualize esta página. Bata no monitor, sove-o fortemente se quiser , faça barulho e... bom... se tiver os apetrechos para isso, dê também umas... marradinhas, para nos fazer ver que não gosta do post de hoje. Mas, vá... faça tudo isso... DESSE LADO do computador. Se viesse sovar-nos a nós... isso seria violência... quase gratuíta.
Quando o fonema não ajuda...! Nós explicamos. Viril, Enérgico, Heróico; são todas palavras que nos sugerem uma certa força; têm "corpo", "personalidade". Varonil, não. Não soa a grande coisa, não sugere energia nem poder, quanto mais coragem ou dureza. É uma palavra estranha, coitada. E mais... só aqui a trouxémos - ainda pior para ela - porque Varonil é também uma marca de leite do dia, curiosamente... fraquinho, mas que os criadores devem julgar energético, suficientemente, pelo menos, para dar alguma virilidade e heroismo a quem o beba... mas não. Ou seja, o fonema não ajuda à palavra, a palavra não ajuda ao nome da marca do leite e o leite... não ajuda em nada.
Sim. Já todos ouvimos falar de varas e, obviamente, de paus também. Varapau é a palavra que junta as duas... Pensando bem, nem vejo muita necessidade para a existência desta palavrinha de que hoje falamos, já que já havia duas palavras... enfim... Penso que o leitor já percebeu. Mas já que aqui estamos, já que a palavrinha surgiu mesmo e foi alvo deste post... deixo aqui, só em jeito de exercício tipo engraçadinho e/ou espertalhão, uma pequena chalaça. Para que "varapau" não seja uma palavra inútil, proponho que se passe a usar a expressão "Matar dois coelhos de uma VARAPAULADA só". É parvo, eu sei... mas a palavrinha também é.
Uma palavra a reter para todos os que se aventuram nas pistas de dança, especialmente se se praticar as chamadas Danças de Salão, em que a "praga" maior dá pelo nome de Pé de Chumbo (embora na minha zona também se use muito a expressão Pé de Tijolo). Ora, por que não poder chamá-lo de outra maneira? Um passinho de dança... uma voltinha... mais um passinho e... "Ai!!! Seu Pé de Plúmbeo!!!". O ambiente fica tenso. O par desfaz-se, um para cada canto do salão; um envergonhado, o outro à cata de outro par. Ainda assim, na hora da pisadela e do consequente berro, o descuidado não se sente tão insultado... pelo menos, até chegar a casa e ir ver o que significa.
PS: Será que o meu carro anda a Gasolina Sem Plúmbeo 95 Octanas?!?
Atavismo: nome da doença que sofre aquele que é atado. Tinha tudo a ver. Mas não. Não tem mesmo nada a ver. Tem a ver sim com as semelhanças com os avós. Se um dia um conhecido lhe disser "vais ficar careca como o teu avô", isso é atavismo.
Apalavrado por Maria ::
11:33 da manhã ::
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Notícia de última hora: Paris invadida por tugúrios!
Um título de jornal assim e já estou a imaginar a corrida aos supermercados para comprar conservas e água engarrafada. Sabe-se lá o que é um tugúrio. Será uma espécie de dinossauro ou é antes parecido com um marciano? Pensando bem, seria capaz de reconhecer um marciano na rua?...Calma... Nem Steven Spielberg vai fazer um filme novo, nem o produtor Jerry Bruckheimer tem aqui material para a nova série de sucesso do canal FOX. O assunto é bem real. Por estes dias, Paris tem iglos de lona espalhados pela cidade, o único tugúrio de milhares de sem-abrigos que tentam, desse modo, combater o frio do inverno.Antes fosse ficção.
Apalavrado por Maria ::
10:25 da manhã ::
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"Aquele que muda facilmente de ideias, de opinião"
Casal numa boutique de roupa para senhora, ao fim de três horas dentro dum centro comercial: Marido (em desepero): Queres ou não queres?!!!!!! Mulher: Quero esta! Ou esta. Se calhar levo as duas. Não, não me ficam bem. Se calhar, levo só a azul. Ai, o azul não calha bem com os meus olhos... Querido, o que é que achas? Querido? Querido? QUERIDO! Onde estás?!!!!
Apalavrado por Maria ::
10:42 da manhã ::
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"Falatório; pessoa palradora; dar à língua; falar muito"
Não olha a idade, classe social ou profissão. Não olha a sexos. Costuma ser uma característica atribuída às mulheres. No entanto, os homens não lhes ficam atrás. E esta é uma daquelas coisas que as mulheres dispensam de bom grado para os homens: o título de taramelas. Este fim-de-semana, ao passar por uma aldeia alentejana, vi mais de vinte homens - uns sentados, outros de pé - em redor de um banco, nas traseiras da igreja. Eram homens novos e velhos, indiferentes ao frio que se fazia sentir por aquelas bandas e que levava a que no resto do povo não se encontrasse vivalma. E porquê? "Ora, os homens depois de se levantarem e beberem o café não têm mais nada para fazer senão partir para a taramelice". Palavra de mulher.
Apalavrado por Maria ::
10:20 da manhã ::
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«Como um um espirro nunca vem só...», diz um anúncio... e é verdade. Esta palavra foi-me sugerida pelo meu pai, há uns dias. Mal sabia ele que, poucas horas depois do telefonema, vinha o primeiro espirro, logo depois o segundo e o terceiro... Não tardou a chegar o pingo ao nariz, a dor de cabeça e, por fim, a febre, que me tem feito das "boas" nos últimos dias. Em suma, estou... febricitante (febril). E como não gosto... estou... febricitante (exaltado) também. Ou seja, se é assim, talvez comece a ponderar bem antes de aceitar propostas de palavras feitas pelo meu pai. Quando ele vier com a mesma conversa outra vez, pergunto-lhe logo se tem a ver com maleitas ou acidentes, ... não vá o Diabo tecê-las...!
"Estrumeira; lugar imundo; monturo" Objecto de estudo de cientistas e historiadores, nela se podem encontrar verdadeiros fósseis, fungos vários e OVNIS. Sim. Há lá objectos não identificados e, muito sinceramente, a maior parte das vezes é melhor não saber de que se tratam. É a definição típica do quarto de qualquer adolescente. É a vergonha de qualquer mãe. E o pavor de qualquer empregada de limpeza.
Apalavrado por Maria ::
10:00 da manhã ::
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"Fraqueza; falta de forças; adinamia (debilidade)"
Logo pela manhã (sendo que "manhã" é um conceito que a 1 de janeiro se aplica às 3 da tarde e não a qualquer hora antes do meio-dia, como é habitual), ao acordar, os Gurosan foram tomados; tal como o tinham sido os comprimidos KGB, minutos antes do jantar começar e do álcool começar a regar as gargantas presentes na festa há muito combinada. Aquela em que se haveria de dizer adeus a 2006 e olá a 2007. Ainda assim, ... Martini Bianco a abrir as hostilidades, JP Branco, Casal Garcia e Super Bock a acompanhar o camarão e restantes entradas, Dão e Reguengos tintos (ambos de reserva) a assegurar que a carne assada (com batatinhas) não fosse mal degustada, Porto Offley com a sobremesa, Cutty Sark logo a seguir ao café e Asti Gancia ao som das doze badaladas... penso... PENSO... que facilmente anulam o efeito das cápsulas "milagrosas" que supostamente os espiões russos ingeriam para não ficarem toldados e impedem que os outros tais "apaziguadores do day after" também não façam grande coisa pela inevitável dor de cabeça que acaba por surgir, ainda que não convidada. Vamos aos factos. 2006 já foi. 2007 já cá está. Mas... o Ano Novo trazer alguma coisa, até agora... só trouxe... astenia. E essa, nem KGB nem Gurosan...! Só mesmo descanso puro e (talvez...) umas cápsulas de vitaminas é que a vão debelar.
